A festa da Páscoa é a grande festa do cristão. Celebrar a Páscoa não é uma mera recordação do passado. Celebrar a Páscoa é viver o Mistério Pascal: a morte e Ressurreição de Jesus. A nossa salvação. Celebrar a Páscoa é celebrar a nossa morte para o pecado e ressurreição para a Vida em abundância de filhos de Deus.

A Beata Alexandrina viveu e celebrou o Mistério Pascal em abundância. Que as meditações, experiências místicas e espirituais que nos revela nos seus textos nos ajudem a viver e celebrar o Mistério Pascal.

Com e como Alexandrina façamos a nossa Caminhada Pascal.

 

Quinta Feira Santa

Ceia do Senhor- Cenáculo

               Vitral “A última Ceia” Santuário Alexandrina de Balasar

Experiência do Cenáculo

  Convite para o Cenáculo

Jesus

« “Anda cá, ó minha filha, anda cá, ó meu amor, escuta o teu Jesus; estou contigo. Eu já te venho pedir para me acompanhares em toda a minha paixão, e para não dormires quase tempo nenhum esta noite. Vai para o cenáculo: medita o que Eu já lá sofri mas não vos quis deixar sozinhos: estabeleci o meu grande Sacramento. Acompanha-me no jardim das oliveiras: vê o que Eu lá sofri! Num quadro os meus sofrimentos, e noutro os pecados do mundo. E para tantos, os meus sofrimentos inúteis. Desprezam-nos, não os aproveitam. Participa em toda a minha paixão. O suor de sangue e o beijo de Judas. Acompanha-me a casa da Anás e de Caifás: que mau trato tiveram comigo! De manhãzinha cedo acompanha-me a casa de Pilatos, na rua da amargura, enfim, ao calvário. Mas no meio de toda a minha paixão, não te esqueças dos meus sacrários. Diante de mim, pede-me pelos pecadores que andam desregrados, entregues às paixões e não pensam em deixar de me ofender. Pede-me o que quiseres, que nesta noite bendita, mais do que em outro dia, te alcançarei o que me pedires. Terás coragem para tanto? Para este sacrifício que te peço”?

 

Alexandrina:

«Subi com Jesus e com os apóstolos para a grande sala onde foi realizada a Ceia. Enquanto subia a escadaria, sentia que Jesus ia faminto por ir comer com os Seus Discípulos aquela Ceia. Durante ela, Jesus, com os olhos no Céu, inflamou-se todo em fogo, todo em amor. Que Rosto formosíssimo! E os Apóstolos, naquela hora, mais que nunca se encheram de Jesus, se inflamaram de amor e chegaram a compreender tudo quanto Ele lhes dizia. Desci de novo com Ele; à nossa frente desceu Judas, e vi que ele levava o demónio no coração. Jesus com os Apóstolos seguiu ao Horto.»

(Sentimentos da Alma; 22/11/1946)

«Ontem já de noite, de um momento para o outro, veio a minha alma à ceia de Jesus com os Seus apóstolos. Vi o doce Jesus abençoar o pão e, naquele momento de amor e de maravilha sem igual, senti que o mundo era outro. Jesus dava-se a Ele em alimento e partia para o céu e com Ele ficava; aquele amor estendeu-se por toda a humanidade. Esta bênção foi antes de S. João adormecer contra o peito do senhor»

(Sentimentos da Alma; 02/08/1946)

«O coração louco, louquíssimo, amava, amava tudo. Pequei com Jesus e os Apóstolos no aposento da Ceia. Assisti ao lava-pés; eu fui a bacia, a toalha e a água, os Apóstolos e Jesus. Que cena tão tocante, que cena só de amor, mas daquele amor só de um Deus, que em mim amava. A Mãezinha, retirada um pouco, mas presente, compartilhava de tudo isto e estava ligada ao meu coração, como se fosse um só, abrasados no mesmo amor. E a Eucaristia meu Deus, que maravilha, quando Jesus a instituiu! O seu fogo irradiou-se por todos e por toda a sala.»

(Sentimentos da Alma; 23/03/1951)

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