Convite à Paixão

Jesus

“Dá-Me as tuas mãos, que as quero cravar coMigo; dá-Me os teus pés, que os quero cravar coMigo; dá-Me a tua cabeça, que a quero coroar de espinhos, como Me fizeram a Mim; dá-Me o teu coração, que o quero trespassar com a lança, como Me trespassaram a Mim; consagra-Me todo o teu corpo; oferece-te toda a Mim, que te quero possuir por completo.” (C.P.M.P. 08/09/1934)

Alexandrina

«Ó paixão, ó dor e amor de Jesus, que não és conhecida.»

(Sentimentos da Alma; 1945)

Horto das oliveiras

Alexandrina

«No Horto, foram os nossos corações espremidos até à última gota sobre o cálix da amargura; todos os espinhos os feriam; tudo ali convidada ao silêncio, à tristeza e à morte. Vi o que já há muito não tinha visto; as próprias oliveiras do Horto com a sua vasta folhagem muito verde como que a cobrir Jesus, a ser testemunha do Sou sofrimento e como que se d’Ele compadecesse.»

(Sentimentos da Alma; 1949)

Jesus

“Amo-te tanto, Minha filha! Assemelhei-te a Mim e o teu calvário ao Meu. Tem coragem. Os espinhos que te ferem foram os Meus. As varas que te açoitam e despedaçam foram as Minhas. Os maus tratos e as cordas que te prendem eram Minhas e a cruz Minha foi também. Foi o amor a causa dos espinhos, dos açoites, da cruz, do Calvário e da morte. Prendeu-Me o amor à cruz, prendeu-Me ainda nos Sacrários até ao fim dos séculos. E tu, Minha pomba bela, à Minha semelhança presa foste também; prendeu-te o amor ao Meu Divino Coração, prendeu-te o amor às almas. Deixa-te ferir, Minha amada; cada espinho que te fere sai um da Minha Sagrada cabeça e do Meu Divino Coração. Vês como tenho tantos!” (Sentimentos da Alma 18/05/45)

Condenação à Morte

Alexandrina (refere-se a Jesus)

«Sou tratado como um louco, pouco importa.

(…) Crucifica-O! Crucifica-O.

(…) Castigá-lo-ei e no fim o soltarei.

Crucifica-O! Crucifica-O!

Vais para a coluna!» (Êxtase; 1940)

Alexandrina (refere-se a Jesus)

«Sou tratado como um louco, pouco importa. (…) Crucifica-O! Crucifica-O! Raiva satânica; Sou preferido a Barrabás! Diz-me, se na verdade és o Filho de Deus? Se Vos digo, não me acreditais Mas em verdade, em verdade vos digo, que é breve me vereis à direita do Pai com todo o poder para vos julgar. Não haja nada entre ti e esse justo. Senhor Divino! Este homem é inocente! Castigá-lo-ei e no fim o soltarei. Crucifica-O! Crucifica-O! Vais para a coluna!» (Êxtase; 1940)

 

Jesus carrega a Cruz até ao Calvário

Jesus

«Avante, Minha filha, o amor vence, o amor triunfa na dor. O Calvário e a Cruz remiram o mundo, foi a chave que abriu as portas do Paraíso. A tua crucifixão continua a ser a salvação e a paz da humanidade. Eu sei, Minha amada, que não me podes ver sofrer. Vem então com coragem, deixa-te crucificar para curares a chaga tão dolorosa do Meu Divino Coração. Coragem! Tens o teu Jesus com a tua Mãezinha querida, louca de amor pela esposa de Cristo crucificado.»

(C. P. M. P. 08/11/1940)

 

Queda

Alexandrina (refere-se a Jesus)

«E na mesma união hoje caí com a cruz. Ela pesava sobre mim. Um braço dela caiu-me sobre o peito e feriu-me o coração. Por uns momentos fiquei desfalecida, como se não tivesse vida. Os algozes fitaram-me curiosos, pensando eu ter morrido. Novo furor me arrastou fortemente e fez bater nas lajes. Novas fontes de sangue se abriram dos espinhos da minha cabeça. Mas mesmo assim do meu coração só saia amor e compaixão por eles.» (S.A.; 1946)

Alexandrina (refere-se a Jesus)

 

Jesus encontra sua Mãe

Alexandrina (refere-se a Jesus)

«Senti o caminho do meu calvário, saiu-me ao encontro a Mãezinha; fitou-me, eu fitei-a a Ela. Uniram-se os nossos corações na mesma dor. A troca dos nossos olhares não se demoraram, tive que caminhar à frente, maltratada, empurrada, arrastada. Mas a dor dos nossos corações não se separou.»

(S.A.; 1945)

 

 

Jesus é ajudado por Simão Cireneu

Alexandrina (refere-se a Jesus)

«Tomei a cruz, caí repetidas vezes; ia a cada passo a expirar. Caía e sobre mim ficava a cruz. Não por dó, mas por receio queriam alguém que a levasse. Houve quem caminhasse com ela, não por amor, mas por ser mandado; mas mesmo assim quanto amor senti o meu coração dispensar-lhe. Que grande paga!» (S.A.; 1945) 

 

 

 

Verónica limpa o rosto de Jesus

Alexandrina (refere-se a Jesus)

«Neste caminho vem ao meu encontro a mulher, a mulher querida compadecida da minha dor. Com que ternura e amor limpa do meu rosto o suor, o sangue e o pó. Os laços de mais estreita amizade prendem os nossos corações. É indizível o que queria dizer dela, os louvores que queria dar-lhe. Oh! Como queria que ela fosse falada por este ato tão heróico.» (S.A.; 1945) «Ao ser limpo o Seu Santíssimo Rosto Ele deixou-o impresso vivamente e eu sentia que aquele rosto Santíssimo, aquele retrato sem igual havia de ser visto enquanto o mundo existir.» (S.A.; 1945)

 

 

Jesus encontra as mulheres de Jerusalém

Alexandrina (refere-se a Jesus)

«Não choreis por mim, chorai por vós, por Vossos filhos, por Vossos pecados que são a causa da minha morte…» (E; 1939) Ao seguir, hoje, as ruas estreitas do calvário seguiam-no algumas mulheres; choravam amargamente, à vista de tantos sofrimentos. Caminhava e fitava-as com olhar de compaixão. O coração murmulhava-lhes: não choreis por mim, mas por vós, chorai as vossas culpas, são a causa das minhas dores.» (S.A.; 1946)

 

 

 

Jesus é despojado das suas vestes

Alexandrina (refere-se a Jesus)

«No cimo dela, tiraram-me as cordas que me cercavam o pescoço e a cinta. Que enormes dores! Elas estavam enterradas na carne, ensopadas em sangue. Ao serem arrancadas, deixava-me no corpo marcas com grandes feridas a que estavam ligadas e enterradas.» (S.A.; 1945) «Senti a vergonha de Jesus, ao ser despojado dos seus vestidos. Que coisa tao profunda! Não sei o nome que hei-de dar aquela vergonha.» (S.A.; 1945)

 

 

Jesus é pregado na Cruz

Alexandrina (refere-se a Jesus)

«Foi violentíssima a crucifixão. Senti quase como se me arrancassem os braços e pernas fora, tal era a força, com que eram puxados para chegarem ao ponto marcado da cruz. As marteladas eram dadas sobre as mãos e os pés, mas ao mesmo tempo sentia como se me dessem no coração; sentia-o a ser esmagado.» (S.A.; 1949) «Sem o som das fortes marteladas sobre os cravos que entoavam ao longe, nem a vista de tanto padecer, moviam os corações. Ao bradar ao Eterno Pai, era tão forte e doloroso o brado, que parecia estremecerem os astros e o firmamento.» (S.A.; 1946)

 

 

 

 Jesus morre na Cruz

Alexandrina (refere-se a Jesus)

«… sentir os golpes de toda a humanidade pessoa por pessoa, uns com toda a crueldade e maldade, outros forçados e até inconscientes do mal que faziam.» (Sentimentos da Alma); 1946)

«Ao receber insultos, ao sentir a sede devoradora do Seu Divino Coração segredava o amorosíssimo Jesus, cheio de meiguice: “Meus filhos, tenho sede de vós; é assim que Me saciais?”» (S.A.; 1946)

«Estava Jesus para expirar, fez-se noite no Calvário, a terra tremeu e um brado dolorosíssimo e agonizante ecoou era todo o Calvário ou melhor eu senti como se ele ecoasse no mundo inteiro e este todo estremecesse. Expirou Jesus…»

(Sentimentos da Alma; 1949)

Jesus é descido da Cruz e entregue a sua Mãe

Alexandrina (refere-se a Jesus)

«De repente, a minha alma vê-O, a ser descido da cruz, a cruz que estava dentro de mim. A santíssima Cabeça pendurada; um braço já estendido e a Mãezinha já sentada ao pé da cruz, de braços abertos para O receber. Mas ai, quanto isto me custou; estremeci; parecia-me sentir o corpo de Jesus sem vida, frio e gelado.» (S.A.; 1945)

 

Jesus é depositado no sepulcro

Alexandrina (refere-se a Jesus)

«Ele a expirar, e um som harmonioso enchia o Céu e a Terra.» (S.A.; 1946)

«Jesus expirou, e logo após a Sua morte, eu senti a alegria do Céu e de muitas almas. Houve luz, brilhou o Sol entre elas.» (S.A.; 1948)

Ressurreição

Alexandrina:

«Ressuscitou e fez ressuscitar a minha alma. Com mais luz e dor mais suavizada, no meu coração ouvi que Ele me dizia: “Ouvi, filhos Meus, a voz de Jesus que vos chama! Chama-vos porque vos quer; ouvi e estai atentos: é a hora da graça que passa! Recebei-a, reparai-a, aceitai-a! Bato com insistência e peço com todo o ardor do Meu Divino Coração: Vinde a Mim, chamo-vos com amor de Pai!”» (S.A.; 1950)

«Neste santo tempo da Páscoa, tenho sofrido muito profundamente, imensamente. (…) Queria comer a Páscoa com toda a humanidade, a todos queria possuir e que todos a mim possuíssem e em mim se transformassem. (…) É uma vida tão grande, infinitamente grande, é a vida do Céu e da Terra. Ó meu Deus, eu não sou digna, eu não posso ter em mim tanta grandeza, tantos e tão íntimos desejos e ânsias!» (S.A.; 1949)

«Passou algum tempo, Jesus ressuscitou, fez-me ressuscitar e disse-me. “Minha filha, Minha filha, onde está o coração está o amor puro e abrasado, estou eu com o Pai, Filho e Espírito Santo. É aqui no teu coração que nós encontramos; aqui temos as nossas delícias.”» (S.A.; 1948)

«Que a Tua ressurreição, meu Jesus, faça ressuscitar a minha alma para aquele amor e para aquela graça que o meu coração tanto anseia. Ó Jesus, eu quero ser santa!» (S.A.,1949).

 

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