Hoje, lembramos com profunda gratidão e devoção os 70 anos do falecimento da Beata Alexandrina de Balasar, sua partida para o céu — Alexandrina Maria da Costa, que no dia 13 de outubro de 1955 entregou sua vida a Deus, dizendo: “Sou feliz porque vou para o céu”.

Vida, testemunho e legado

  • Nasceu em Balasar, Póvoa de Varzim, a 30 de março de 1904, filha de Maria Ana.
  • Desde muito jovem viveu com fé simples, forte e laboriosa. Trabalhou no campo, partilhava a vida com os outros, vivia a Eucaristia com devoção.
  • Aos 14 anos, após um incidente em que defendeu sua pureza, saltou de uma janela para fugir de uma agressão, sofrendo lesões que no futuro a deixaram paralisada.
  • Durante mais de três décadas ficou acamada, numa vida de dor e limitação física, mas a sua alma tornou-se um farol de esperança, de entrega e de amor.
  • De 1942 até ao fim de sua vida viveu alimentando-se apenas da Eucaristia — um sinal extraordinário da sua união com Cristo.

A morte que desperta fé

Quando faleceu, o seu corpo permaneceu exposto em Balasar, e multidões vieram render homenagem.
A sua partida foi sentida como de alguém que completava uma missão — uma vida de sofrimento, mas também de intercessão, de luz para muitos.

O significado para nós 70 anos depois

Sete décadas depois, Alexandrina de Balasar continua sendo uma inspiração viva:

  • Para quem sofre: ela testemunhou que o sofrimento, quando unido ao amor e à fé, pode transformar-se em oferenda e consolo, num canal de esperança, não apenas para si, mas para muitos.
  • Para a humildade e a simplicidade: sua vida modesta, seus gestos pequenos, os serviços silenciosos revelam que a santidade se constrói no quotidiano, no coração perseverante, e não apenas nos grandes feitos visíveis.
  • Para a Eucaristia: foi sua ânsia, seu sustento espiritual, e marca registrada da sua caminhada. O sacramento vivo, o alimento que alimenta a alma, foi para ela presença, consolo e missão.
  • Para a comunidade e para a Igreja: sua casa em Balasar tornou-se santuário, sinal de encontro, de peregrinação, de partilha. Sua intercessão é invocada por muitos, e sua memória é viva.

 

Homenagem

Que este aniversário seja ocasião de:

  • relembremo-la com oração e gratidão;
  • renovemos o compromisso de imitar, na medida possível, sua fé firme, sua entrega amorosa, sua abertura à vontade de Deus;
  • visitemos ou recordemos Balasar, como lugar de paz, de encontro espiritual, de consolação;
  • ou simplesmente deixemos que sua vida nos interpela: sofrer, amar, reparar — sementes que colhemos na fé.

 

Beata Alexandrina de Balasar, rogai por nós! Que sua luz continue irradiando esperança às gerações, elevando corações para o Céu.

 

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