Dizia-me mais ainda Nosso Senhor:

“Peço-te o sacrifício de vires passar parte desta noite comigo, nos meus Sacrários. Tem pena de mim; tem pena do Prisioneiro do Amor, nesta quadra em que sou tão ofendido. Anda formar com as tuas dores um abrigo sobre os meus Sacrários, para que não venham sobre Mim os crimes. Eu te prometo grande recompensa. Nossa Senhora e a Santíssima Trindade ficam-te muito agradecidos.”

E pediu-me que guardasse silêncio o mais que pudesse. Eu atendi ao pedido de Nosso Senhor e que bela noite eu passei! Até depois da meia-noite estive alerta: cantava, rezava, pedia ao meu Jesus que me desse a bênção de todos os Sacrários do mundo.

(15/12/34; Cartas ao Padre Mariano Pinho; 20/12/1934)

 

Natal de 1944:

Alexandrina

«Principiei a ouvir fogo e repique de sinos. Pedi que me trouxessem umas imagenzinhas do Menino Jesus. Colocadas sobre o meu peito, queria aquecê-las. O calor que lhe dei não era o que queria dar-lhes; queria queimá-los com fogo de amor. Queria dizer-lhe muitas coisas e não sabia. Estreitei-os ao me peito docemente e continuei os meus gemidos. Estou certa que Jesus os aceitou e não ficou triste. Ninguém como Ele via como eu sofria; ninguém como Ele sabe que mesmo gemendo é por amor que gemo e quando mais não posso. Não sei os minutos que se passaram, o que sei é que passei a outra vida e ouvi Jesus no meu coração:

(Jesus) “Nasci no presépio do teu coração, Minha filha. É o Esposo que vem à sua esposa. É o Rei que vem à sua rainha. Sou Rei do Céu e tu rainha da Terra. Como estou bem aqui, ó rainha do amor. O presépio que Me dás não é áspero como o de Belém; é fofo com as tuas virtudes. No teu presépio não sinto os rigores do frio; sou aquecido com amor mais puro e abrasado. Tu és a rainha estrela, estrela que guias o mundo como outrora guiou os Reis Magos no caminho de Belém. Diz, Minha filha, a todos os que cuidam de ti, aos que te são queridos, amam e rodeiam, que lhes dou a abundância das Minhas graças, um enchente do Meu Divino amor, um lugar reservado em Meu Divino Coração com a promessa do Céu.”»

(Sentimentos da Alma; 25/12/1944)

Os responsáveis do santuário desejam votos de Santo Natal para todos os devotos e amigos de Alexandrina.

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