Alexandrina teve muitas experiências místicas. Teve várias experiências do Cenáculo. Interessante a experiência mística e o cometário que faz acerca dos personagens. Ao celebrarmos este ano eucarístico, é interessante acompanhar Alexandrina nas suas experiências do Cenáculo. Vamos também ao Cenáculo. Vivamos a experiência da Última Ceia de Jesus e o Espírito Santo

Alexandrina

Passados uns momentos, falava-me Nosso Senhor:

Jesus

“Anda cá, ó minha filha, anda cá, ó meu amor, escuta o teu Jesus; estou contigo. Eu já te venho pedir para me acompanhares em toda a minha paixão, e para não dormires quase tempo nenhum esta noite. Vai para o cenáculo: medita o que Eu já lá sofri mas não vos quis deixar sozinhos: estabeleci o meu grande Sacramento. Acompanha-me no jardim das oliveiras: vê o que Eu lá sofri! Num quadro os meus sofrimentos, e noutro os pecados do mundo. E para tantos, os meus sofrimentos inúteis. Desprezam-nos, não os aproveitam. Participa em toda a minha paixão. O suor de sangue e o beijo de Judas. Acompanha-me a casa da Anás e de Caifás: que mau trato tiveram comigo!” (C. Padre Mariano Pinho 18- 04-1935)

Alexandrina

“Ontem, já de noite, de um momento para o outro, viu a minha alma a Ceia de Jesus com os seus Apóstolos. Vi o doce Jesus abençoar o pão e, naquele momento de amor e de maravilha sem igual, senti que o mundo era outro: Jesus dava-Se a Ele em alimento, e partia para o Céu e com ele ficava. Aquele amor estendeu-se por toda a humanidade. (S.A, 02-08-1946)

Alexandrina

“Subi com Jesus e com os Apóstolos para a grande sala onde foi realizada a Ceia. Quando subia a escadaria, sentia que Jesus ia faminto por ir comer com os Seus Discípulos aquela Ceia. Durante ela, Jesus, com os olhos no céu, inflamou-se todo em fogo, todo em amor. Que Rosto formosíssimo! E os Apóstolos, naquela hora, mais que nunca se encheram de Jesus, se inflamaram de amor e chegaram a compreender tudo quanto Ele lhes dizia. Desci de novo com eles; à nossa frente desceu Judas, e vi que ele levava o demónio no coração. Jesus com os Apóstolos seguiu ao Horto.” (22 de novembro de 1946 – Sexta-feira)

Alexandrina

“Ontem, quinta-feira, repetiu-se a mesma visão de sofrimento de quarta-feira, isto é, o que Jesus tinha que passar e que sofrer, e a alma apavorada sentiu o mesmo suor e logo este passou ao corpo. Já de tarde, Jesus chorou em minha alma; sentia caírem-me o peito as Suas lágrimas. Chorava em mim, mas fez-me sentir que não era só que Ele chorava, mas sim pelo mundo inteiro. Veio a noite, o meu peito serviu de aposento e o coração de mesa para ceia de Jesus com Seus Apóstolos. Ó bondade, Ó amor! Ai, se os Anjos falassem por mim! Nunca senti tanto ao vivo as ternuras e o amor de Jesus com Seus discípulos. Jesus, de os olhos fitos no Céu, em chamas de fogo orou por tanto tempo ao Seu Eterno Pai. Eram as ternuras que tinha para com os Apóstolos, que eu sentia como se Ele os tomasse ao colo e num abraço amoroso e eterno os estreitasse ao Seu divino coração. Judas parecia ter nele o demónio. Todos os discípulos comungaram das mãos de Jesus abrasadas em amor. Hei-de dizer que Judas comungou também. Ele estava mais afastado. Jesus estendeu a Sua divina mão para o lado dele com o Manjar Celeste. E logo em seguida ele saiu com um aspecto desesperador, não só de um demónio, mas de muitos demónios.” Em 7 de Abril de 1950 (sexta-feira)

Alexandrina

“Ontem, levantou-se diante de mim a montanha imensa dos sofrimentos. Era uma afronta indizível, infinita para o meu coração. Um mar altíssimo, com ondas negras agitadíssimas de dor caíram sobre mim. A alma chorava, chorava lágrimas das mais tristes e dolorosa amargura. O coração louco, louquíssimo, amava, amava tudo. Fiquei com Jesus e os Apóstolos no aposento da Ceia. Assisti ao lava-pés; eu fui a bacia, a toalha e a água, os Apóstolos e Jesus. Que cena tão tocante, que cena só de amor, mas daquele amor só de um Deus, que em mim amava. A Mãezinha, retirada um pouco, mas presente, compartilhava de tudo e estava ligada ao meu coração, como se fosse um só, abrasados no mesmo amor. E a Eucaristia meu Deus, que maravilha, quando Jesus a instituiu! O seu fogo irradiou-se por todos e por toda a sala.” (S.A.23/03-1951)

 Jesus a Alexandrina

«Para que confies que sou Eu sobre ti como sobre minha Bendita Mãe e os Apóstolos no Cenáculo, vai pousar o Divino Espírito Santo. A Sua luz te justificará da verdade. Sou Eu, Minha filha; sou Eu, Jesus, que não falto às Minhas promessas.» (S.A.;1948)

«Diz tudo, escreve tudo, o Divino Espírito Santo não desceu, habita sempre no cenáculo do teu corpo. Tudo o que disseres é Ele e são Suas as tuas inspirações. Quando os teus lábios se moverem para falares sou Eu que os movo e falo em ti. (S.A.; 1945)

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