Na celebração do 50º aniversário do seu abraço com a Trindade, a Fundação Alexandrina de Balasar quis-lhe prestar uma singela homenagem na qualidade de confessor da Alexandrina. Esta decorreu no espaço do Jardim da Casa da Beata, mais concretamente na Escola de “Jesus Mestre”.
Foi um momento para recordar e homenagear a intensa espiritualidade destes dois rostos da Igreja Portuguesa e personagens marcantes nesta terra de Balasar.
O Pároco, Padre Manuel Casado do Neiva, fez a abertura desta efeméride saudando os presentes e contextualizando a homenagem ao P. Alberto Gomes.
O Historiador Dr. José Abílio Coelho fez uma resenha história da pessoa e vida deste homem, que é natural de Travassos – Póvoa de Lanhoso. Alberto Gomes é filho de uma família ligada à cultura da filigrana, da agricultura e também da religião. A sua passagem por esta terra conquistou o coração do povo, sobretudo, pelo seu amor à Igreja (já sonhava com uma igreja de portas abertas) e pelo amor e dedicação aos pobres.
O Padre Paulo Jorge Gomes, pároco de Travassos, evidenciou o legado pastoral e espiritual do Padre Alberto, mais concretamente a Obra intitulada do Amor-Divino, marcada pela espiritualidade eucarística. Atualmente tem onze membros, que vivem em grupo e um grande número de associados espalhados pelo País, referindo ainda que a Alexandrina é o número dois no registo de associados.
O Dr. Alexandre Freire abordou a ligação espiritual entre estes dois vultos da igreja e da sociedade, referindo que não se sabe quem influenciou quem. Porém, diz que Alexandrina aprende com o Padre Alberto – seu confessor – que “o amor de Deus só é vivido no fazer-se algo…” e que a “ajudou-a a perceber que a lógica do sofrimento é só amor”. Mais tarde Alexandrina escreve que “a espiritualidade cristã deve ser educada para se amar a Deus como Deus ama”.
José Cordeiro, que presidiu a esta homenagem, encerrou este momento referindo que os dois – Padre Alberto Gomes e a Beata Alexandrina – usaram a linguagem do seu tempo, mas que ainda hoje continuam a influenciar. E no rescaldo do V Congresso Eucarístico afiançou que Alexandrina não apenas consumiu o sacramento da eucaristia, mas ela é sacramento, porque viveu da e para a Eucaristia.
No decorrer desta homenagem os presentes foram brindados com fragmentos musicais dos cânticos, que expressam a espiritualidade da Alexandrina, tocados pela jovem Ana Isabel Furtado.
É de registar o grande número de pessoas presentes, sobretudo das gentes de Travassos e dos Associados à Obra do Amor-Divino.
Esta homenagem culminou com a celebração da Eucaristia, presidida por Sua Excia Revma D. José Cordeiro, Arcebispo de Braga